Alegria no serviço cristão.
Terceira Igreja Batista do Plano Piloto
Escola Bíblica Dominical - Lúcio Cesar Silva de Menezes
Paulo e Timóteo, servos de Jesus
Cristo...""Paulo
e Timóteo, servos de Jesus Cristo, para todos os santos em Cristo Jesus
que estão em Filipos. Bispos e diáconos."
É interessante observar, no entanto,
que Paulo inclui entre os destinatários líderes o que, segundo a melhor hipótese,
já é uma indicação de que ele tratará da questão da unidade na Igreja mais
à frente.
A idéia de santidade
não se confunde com a desenvolvida pela igreja católica, de alguém que
pratica atos extraordinários de fé ou milagres. Significa "estar separado
para uso exclusivo de alguém", no caso, DEUS.
Paulo estava escrevendo a grupo de
pessoas que, na cidade de Filipos, colocava-se à disposição de Deus para
servi-lo e agradá-lo. Veremos que havia problemas em Filipos (Evódia e Síntique),
o que não descaracteriza a idéia de um povo separado para servir aos
interesses divinos.
A menção aos líderes é importante
por estabelecer uma relação de responsabilidade entre os membros da igreja e
os que a dirigem - todos precisam contribuir para a unidade.
Os assuntos tratados na Carta são de
interesse de todos, afetam a todos e exigem a participação de todos na igreja.
Já aqui é possível iniciar a
reflexão sobre qual a postura adequada que o crente deve adotar diante de
problemas de relacionamento.
Como agir:
·
Diante de críticas
·
Diante de injustiças
·
Sob pressão
·
Quando falta reconhecimento ou há exigência demais
Como contribuir:
"...graça e
paz..."
A palavra graça representa o
favor imerecido de Deus para conosco. Afasta a idéia das boas obras como fonte
de justificação e reforça o ensino que de a humildade e o serviço são mais
importantes que posições ou qualquer outro tipo de honraria. Somo o que somos
pela graça de Deus, jamais por conquistas pessoais e capacidade própria.
É a graça que transforma Paulo, o
maior legalista de seu tempo, num dos maiores expoentes do amor e perdão de
Deus (1 Cor. 15:10).
Há áreas na vida que precisam de
forma especial da atuação da graça. São elas:
Embora a maioria das traduções coloque graça
e paz, o
grego corresponde a "graça
para todos, e paz...". Ou seja, indica que a paz é resultado da graça
anteriormente mencionada. Para Paulo não há paz, não há sensação de bem
estar ou tranqüilidade de coração sem Deus. Nas crises da vida, se a pessoa não
se apropriar da graça, por meio da fé, a paz não lhe sorrirá.[1]
Questões
interessantes:
Agradecimento pela participação no Evangelho
Os versículos da oração de Paulo são
um indicativo claro e incisivo da razão do sucesso do ministério apostólico.
Mostra dois campos da vida cristã que são fundamentais para o crescimento e
fortalecimento espiritual - a oração e a comunhão.
O tom da carta mostra que Paulo se
sentia muito próximo dos filipenses, cultivando amizade profunda e alegria por
conhece-los. Os filipenses oravam por Paulo e Paulo por eles. O sustento era recíproco.
Tudo indica que Paulo dedicava grande
parte do seu tempo para oração pelos irmãos, não só de Filipos, mas de
quantos faziam parte de igrejas como Roma, Efésios, Colossos, entre outras.
Segundo os estudiosos não se trata
de oração genérica e aleatória, mas de oração específica, lembrando das
pessoas e fazendo pedidos certos e determinados.
Paulo orava pelos filipenses com
freqüência, com agradecimento no coração e com alegria.
Paulo devia seguir o costume judaico
de orar em três momentos diferentes do dia - cedo de manhã, às 15h e ao
poente. É possível, e até provável, que orasse ainda mais em outros
momentos.
No verso 4, é possível dar ao termo
oração uma conotação mais estreita, específica - trata-se de uma oração
com endereço certo, com pedido exato.
Olhando a carta toda é possível
definir o que estava por trás da oração de Paulo pelos filipenses:
O desejo de Paulo era de que Deus
levasse os filipenses à maturidade, orando para que aprendessem sobre
humildade, mantivessem a unidade e não se deixassem levar por ensinos falsos.
O interessante é que o texto mostra
que Paulo tinha alegria em orar por todos por sua participação no
evangelho!
A carta é endereçada a todos os santos, não
apenas aos "agradáveis
e sensatos" e Paulo ensina que a alegria na oração e no relacionamento pessoal
está acima das circunstâncias. Ainda que reconheça graves problemas na
igreja, afirma que ora com alegria. A alegria é fruto do Espírito (Gal. 5:23)
e reflete a Sua presença na vida
do crente.
A
participação no evangelho - Koinonia
O texto sugere que a gratidão de Paulo vai bem além
da participação
financeira
no evangelho, da ajuda recebida nas necessidades pessoais. É a identidade
baseada no evangelho de Cristo, capaz de gerar uma interdependência firme e
consistente.
Além disso, é uma comunhão que se
sustenta no tempo, não esmorecendo mesmo com a distância. São dez anos do
primeiro contado de Paulo com os filipenses e os laços ainda estão
fortalecidos.
Bem, e quanto a nós? Podemos dizer
que estamos alegres por orar pelos que fazem parte de nossa igreja? Ou melhor
ainda,
estamos orando por eles?
Indo um pouco mais longe, será que não
estamos apenas orando pelos que gostamos de ter comunhão? Seríamos capazes de
orar com alegria pelos que consideramos, por algum motivo, "problemáticos"?
Você já expressou sua alegria por compartilhar da mesma igreja, pela comunhão
que podem ter na casa de Deus?
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